sábado, 26 de setembro de 2015

ônibus na velocidade da luz

existe uma espécie de folclore de internet (essa expressão existe?! se não existir, copyright pra mim! \o/) ou de lenda urbana amplamente difundida a respeito da absoluta recusa de keanu reeves em envelhecer. e o pior é que parece ser verdade mesmo, porque o tempo passa e passa, o povo tira fotos e mais fotos e a cara é sempre a mesma, mesmo com décadas de diferença...


mas EU descobri a razão do não envelhecimento de keanu reeves! rá!!! 

é o seguinte... todo mundo que conhece um tiquinho de física quântica (ou pelo menos a parte da física quântica que é amplamente divulgada em filmes e séries de ficção científica) já tá careca de saber que quando alguém faz uma viagem à velocidade da luz, o tempo passa mais mais devagar para esta pessoa e ela envelhece beeeeeemmmmm menos do que as outras, as que não estavam viajando à velocidade da luz.


pois então... a explicação para keanu reeves não envelhecer é que o ônibus em que ele estava no filme velocidade máxima (speed) atingiu, de fato, a velocidade máxima meishmo, ou seja, a velocidade da luz!

ainda não comprou a minha ideia? ok, eu te dou mais uma prova! a cerejinha do sundae na minha teoria é o fato de que sandra bullock ~também~ envelhece muito devagar! observe...


i rest my case!

ps: é preciso reconhecer e dar o devido crédito aos tradutores de título de filme, categoria de quem a gente sempre fala tão mal, porque, nesse caso, eles acertaram na mosca o título em português, sendo inclusive mais precisos do que o título original! =P

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

quem tem medo de stephen king?
(ou: stephen king para céticos)


Às vezes Stephen King tem pesadelos... 

em homenagem ao aniversariante do dia, que hoje completa suas 68 primaveras, este post vai ser o inteirinho dedicado ao mestre do horror, STEPHEN KING!!!

eu sou apaixonada por este senhor de olhinhos apertados, sorriso fofo e criações apavorantes desde a adolescência, quando um amigo da escola me descreveu o enredo de um de seus contos. foi uma coisa tão marcante que até hoje eu me lembro direitinho do lugar da escola em que nós estávamos e de todos os detalhes da cena. ele tinha lido a história em um livro de contos emprestado por um outro amigo nosso que, por sua vez, havia conseguido o livro emprestado meio clandestinamente do seu então professor de guitarra. afinal, nós tínhamos 13 anos e que pai ou mãe, em sã consciência, deixaria seu filho ler um livro chamado 'pesadelos e paisagens noturnas'? lá fui eu atrás do garoto que detinha o tal livro, peguei ele emprestado e foi amor à primeira leitura!

the KING of my shelf
hoje em dia, muitos anos, muitos livros, muitos romances, muitos contos, muitas novelas, muitas adaptações cinematográficas, muitas leituras, muitas releituras, muitas compras online, muitos garimpos de sebo, muita propaganda, muitas conversas, muitas resenhas, muitas fotos no instagram, muitas vendas e um treinamento ministrado depois, resolvi fazer aqui pra vocês uma listinha, já que eu sou bem chegada nesse negócio de relacionar as coisas!

tentando romper um pouquinho com o paradigma que muita gente tem de que king escreve sempre sobre coisas sobrenaturais (eu acho que, na verdade, ele sempre escreve é sobre ~gente~ e sobre como ~pessoas~ reagem diante do sobrenatural, mas isso é assunto para uma outra conversa), eu quero fazer uma lista de obras sensacionais de king em que não há nada de fantástico, monstruoso ou sobrenatural.

O pequeno Stephen King lê a
sua primeira história na aula.
vamos deixar de lado um pouquinho a telecinesia de 'carrie', os zumbis de 'celular', a magia de 'a maldição do cigano', o palhaço (?!) de 'a coisa', as ressurreições de 'o cemitério', os monstros de 'o nevoeiro', o carro assombrado de 'christine', a paranormalidade de 'o iluminado', a viagem no tempo de 'novembro de 63', os vampiros de 'salem's lot' e os wtf?! de 'desespero'. hoje esse pessoal todo vai ter um descanso, porque o assunto aqui serão algumas obras de stephen king que não tem nada de fantasia e que são tão ficcionais quanto qualquer novela urbana contemporânea da televisão.

se você é desses que não acredita em nada, cético, cínico, desconfiado e que não quer saber de monstros embaixo da cama nem mesmo em literatura de ficção, essa lista foi feita pra você mesmo! para você quebrar paradigmas, deixar preconceitos de lado e aproveitar a delícia que é ler o mestre stephen king! nessas histórias listas aí embaixo, o que realmente dá medo em que lê são pessoas! e eu espero que você se divirta tanto com isso quanto eu!


a lista com os meus top 10 stephen king's que não tem nada de sobrenatural está aí embaixo, é só clicar pra ler! =D

domingo, 13 de setembro de 2015

admirável dendê novo

entre os dias 27 e 30 de agosto aconteceu aqui em salvador o evento PRIMAVERA DA LIBRE. para quem não sabe, libre é a sigla de liga brasileira de editoras.

o lugar que sediou o evento, o mam – museu de arte moderna da bahia, é lindo! fica estrategicamente localizado no solar do unhão, um local com uma vista incrível da baía de todos os santos e de onde se tem umas das paisagens de pôr do sol mais lindas da cidade de salvador (que, cá entre nós, eu amo muito mesmo!).

o evento consistiu de algumas palestras, oficinas e mesas de debate sobre assuntos relacionados a livros, literatura e mercado editorial em geral. além disso, tinha uma maravilhosa feira de livros com participação de várias editoras bacanas, tanto locais quanto nacionais, e alguns descontos bastante generosos! por conta de tudo isso, eu não poderia deixar de ir lá dar uma conferida!

fui lá na sexta-feira, dia 28 de agosto, e passei uma tarde deliciosa! primeiro de tudo, antes mesmo de chegar à feira propriamente dita, parei no mirante do solar do unhão pra dar uma namorada na vista linda do céu e do mar, num dia em que são pedro estava particularmente inspirado! 

depois fiz uma boquinha e fui à feira de livros paquerar os livros, as editoras, as exposições, os descontos e, como não podia deixar de ser, exercitar o meu vício de comprar livros e deixar por lá um pouco do meu rico escasso dinheirinho. trouxe pra casa o lançamento da linda da editora aleph, tropas estelares, o primeiro (de muitos, espero eu) robert heinlein que eles colocam no mercado e peguei também o segundo livro da trilogia grisha, de leigh bardugo, da editora gutenberg, porque adorei o primeiro livro da série. e me dei foi muito bem, porque comprei os dois com 20% de desconto! \o/

lá na feira, encontrei com uma amiga querida que é representante de uma editora e com quem tive o prazer de sentar ao sol e bater um papo delicioso à beira da baía de todos os santos! (um beijo pra você, lis!) um papo divertido, cheio de planos mirabolantes, com uma vista linda, um ventinho gostoso do mar e uma companhia maravilhosa já deveriam ser suficientes para me realizar, né?! mas o melhor ainda estava por vir. e lá fui eu para a atração da tarde!

(da esquerda para a direita: gil veloso, victor mascarenhas e james martins.) 

o tema da mesa redonda era “LITERATURA URBANA E CONTEMPORÂNEA” e os convidados eram gil veloso, victor mascarenhas e james martins. tenho que reconhecer a minha ignorância e admitir que ainda não conhecia nenhum dos três, mas valeu muito a pena ter a chance de conhecê-los, porque, olha, que papo legal, viu?! o debate foi super divertido, a dinâmica entre os três foi ótima e a plateia, apesar de pequenininha, teve uma participação também muito interessante! e deu pra ser apresentada a projetos interessantíssimos que eu ainda não conhecia! ponto pra organização do evento!

ao longo desse debate / mesa redonda / bate-papo, surgiu o meu grande interesse do evento, o foco real desse texto: o livro XING LING MADE IN CHINA, de victor mascarenhas, publicado pela editora solisluna, que é aqui da bahia mesmo. 

na medida em que ele ia falando sobre o seu livro, eu ia ficando cada vez mais encantada com a ideia, super curiosa para ler e, principalmente, intrigadíssima por nunca ter ouvido falar dele, já que se trata de um autor aqui da minha maravilhosa terrinha.

e ele ganhou de vez o meu coração quando disse que seus livros não são escritos em português, mas em baianês, que, como eu já tinha dito aqui, é o meu  verdadeiro idioma materno!

quando acabou o debate, perguntei se ele esperava eu ir lá na feirinha comprar o livro e voltar para ele assinar e ele, simpaticíssimo, me surpreendeu aparecendo lá na fila do caixa e dizendo “autógrafo delivery!” dá pra não ficar fã de um autor tão legal com seus leitores? assim, levei pra casa o meu livro novinho, lindo e devidamente autografado, como ele próprio escreveu, "um xing ling com certificado de garantia do autor".

então vamos ao livro!

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

3%

na última semana, todo mundo ficou super feliz e orgulhoso com a notícia da primeira série 100% brasileira produzida pelo netflix. eu, na última semana, fiquei super feliz e orgulhosa com a notícia da primeira série DISTÓPICA 100% brasileira produzida pelo netflix.

aliás, 100% não, 3%.



como todo mundo que convive comigo já sabe que eu sou apaixonada por livros e por distopias, as pessoas estão sempre dividindo comigo novidades e descobertas sobre esses assuntos, seja através de redes sociais, de conversas gostosas em mesas de bar, do ambiente de trabalho ou de encontros fortuitos. (podem continuar fazendo isso, seus lindos, eu adoro!)

eu tenho um amigo que é ator de teatro independente e que, por isso mesmo, conhece tudo sobre mercado independente de teatro, cinema, televisão. há alguns anos, numa conversa sobre livros de distopias, ele me deu a dica de um projeto brasileiro para fazer uma série de tv distópica. na ocasião, havia sido lançado há relativamente pouco tempo um episódio piloto, que estava disponível no youtube, e faltava “apenas” que alguém topasse patrocinar a ideia para que o projeto fosse adiante.


eu vi o episódio piloto no youtube, adorei, assisti de novo e saí pela internet caçando informações sobre o assunto. acabei encontrando algumas notícias em sites, algumas resenhas em blogs (desculpa, isso foi há muito tempo, então não lembro as referências), as páginas oficiais do projeto nas redes sociais e outras pessoas que também estavam curtindo a ideia.

abracei totalmente a causa, compartilhei, divulguei, fiz a maior propaganda e me pus a esperar ansiosamente que a série finalmente estreasse. essa espera acabou sendo bem longa e eu cheguei a achar que não fosse mais acontecer. já tinha até me resignado e, de vez em quando, voltava lá no youtube para ver de novo o piloto mesmo, já que era o único jeito.

mas aí, quando eu já não tinha mais nenhuma expectativa, eis que na semana passada, eu recebi a notícia maravilhosa! não apenas o projeto 3% vai decolar, como vai ser a primeira série brasileira produzida pelo netflix!


fiquei tão feliz e tão orgulhosa, que quem visse de fora acharia que eu tenho alguma relação com a equipe de produção da série!!! mas é que pra quem é tão fã do conteúdo criado pelo netflix como eu sou (house of cards é a perfeição!) ver o projeto 3% virando realidade e ainda por cima com o “selo netflix de qualidade” é ter a certeza de que vem coisa muito boa por aí e isso alegra muito esse meu coraçãozinho apaixonado por uma boa distopia!

eu poderia escrever aqui porque acho a série 3% tão massa e porque torci tanto por ela, mas vou preferir deixar aqui os vídeos do episódio piloto inteirinho pra vocês assistirem e se apaixonarem também! vejam, se apaixonem, e vamos juntos marcar na folhinha para aguardar ansiosamente a estreia de 3% no netflix  em 2016!!!




domingo, 8 de março de 2015

livros x esmaltes


não sei as quantidades exatas porque tenho preguiça de contar, mas sei que na minha coleção há literalmente centenas de livros e também literalmente centenas de esmaltes!

existe pela internet (e pelo mundo) um preconceito bobo que diz que pessoas que gostam de livros e coisas ~intelectuais~ são muito mais inteligentes, mais interessantes e, em resumo, melhores do que pessoas que gostam de maquiagem, roupas, sapatos e coisas ~fúteis~.

eu adoro comprar, ler sobre, acompanhar os lançamentos e as novidades, seguir sites, blogs e canais no youtube, passear pelas lojas namorando as estantes, ter e usar tanto livros quanto esmaltes, porque faço questão de não ficar presa em nenhuma das "caixinhas" que me surgem como opção.

mas é fundamental a quem gosta de uma coisa respeitar que gosta de outra!

tá certo que eu sou apaixonada por livros e gostaria que todo mundo sentisse o prazer que eu sinto em ler uma boa história, mas daí a querer menosprezar quem pensa diferente pera lá, né?!

é incorrer no mesmíssimo erro de quem tem preconceitos de gênero, cor, sexualidade, etnia, religião, etc e isso me incomoda pra caramba!

vamos ser quem nós somos e deixar as outras pessoas serem quem elas quiserem!

hoje, dia internacional da mulher, é dia de valorizarmos os direitos de todas as mulheres fazerem O QUE ELAS QUISEREM, seja colecionar livros, ou esmaltes, ou as duas coisas, ou nenhum dos dois! 

é dia de valorizarmos TODAS as mulheres!


(na foto, o meu livro preferido, 1984 de George Orwell, e o meu esmalte preferido, Melancia da Colorama.)

domingo, 5 de outubro de 2014

140 ou menos #003

a máxima de que "não se julga um livro pela capa" se aplica a tudo na vida, menos a livros. livros mesmo podem sim ser julgados pela capa!

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

140 ou menos #002


batata frita é o único bem sobre o qual não há direito de propriedade privada. se está na mesa, todos podem pegar e comer.


segunda-feira, 29 de setembro de 2014

sejamos todos feministas



a linda editora companhia das letras publicou hoje no seu facebook uma foto divulgando que já está disponível para baixar o e-book sejamos todos feministas, da diva de nome impronunciável chimamanda ngozi adichie!

o livro é um ensaio, uma adaptação da palestra "we should all be feminists", que ela fez no TEDx e que bombou muito nas internets. o ensaio eu não li, mas a palestra eu assisti e faço questão de compartilhar o vídeo aqui pra vocês verem também, porque é sensacional!


infelizmente ainda não tem legendado em português, mas ele tem a legenda em inglês, que ajuda na compreensão. recomendo demais que vocês assistam! são trinta minutos de inspiração que valem cada segundo investido. quando assisti, me emocionei muito com a fala dela e até chorei em certos momentos do vídeo.

chimamanda ngozi adichie ficou super conhecida e a sua palestra do TED viralizou, não apenas por ser brilhante, mas também porque contou com um empurrãozinho empurrãozão de divulgação de uma outra diva, beyoncé!


a queen bey musicou um trechinho da fala de chimamanda e inseriu numa de suas músicas, flawless, que, aliás, também é incrível!
"we teach girls to shrink themselves, to make themselves smaller
we say to girls, you can have ambition, but not too much, you should aim to be successful but not too successful, otherwise you will threaten the man
because I am female, I am expected to aspire to marriage, I'm expected to make my life choices always keeping in mind hat marriage is the most important
marriage can be a source of joy and love and mutual support, but why do we teach girls to aspire to marriage and we don't teach boys the same?
we raise girls to see each other as competitors, not for jobs or accomplishments, which I think can be a good thing, but for the attention of men
we teach girls that they cannot be sexual beings in the way that boys are
feminist, a person who believes in the social, political and economic equality of the sexes"

além disso, beyoncé usou este trecho da palestra na apresentação histórica que fez no VMA deste ano, o que ajudou a divulgar ainda mais a fala e as ideias de chimamanda pelo mundom a ponto de terem transformado o ensaio dela em um livro. e é este livro que eu recomendo pra vocês agora!

ainda não sei se o sejamos todos feministas será lançado em livro físico porque até agora a companhia das letras só divulgou o e-book, mas eu imagino que vá sair sim, porque certamente haverá demanda.

eu, por exemplo, comprarei com certeza!